Se observarmos bem, veremos que quatro dos nossos órgãos dos sentidos permanecem ativos o tempo que desejarmos: os olhos se mantêm abertos com a possibilidade de serem fechados; assim também são nossos ouvidos, nariz e pele que podemos tapá-los ou cobri-la, quando não desejamos utilizá-los. Perceba a palavra podemos, porque estes quatros órgãos foram feitos para ficarem ativos. No entanto, com a língua, um outro órgão do sentido, acontece o inverso: ela fica “guardadinha” na boca, devendo ser usada quando necessário, para saborearmos os alimentos ou para falarmos.
Mas será que é isso que fazemos? Parece que não! Nós falamos muito mais do que vemos, ouvimos, cheiramos e sentimos. Sendo assim, utilizamos muito mais um órgão – a língua, do que os outros quatro juntos. E o pior, aquele que deveria ser menos utilizado!
Observe, neste exato momento, se seus olhos, nariz, ouvidos e pele não estão “abertos”, enquanto sua boca está fechada? É esta a correta posição dos cinco órgãos do sentido.
“O mal não é o que entra na boca do homem, é o que sai dela.”
O mal é quando utilizamos um órgão tão precioso quanto a língua, para maledicências, injúrias, injustiças e “fofocas”, por mais “inocentes” que pareçam ser.
A vida dos outros não nos pertence.
Não é porque falam da gente, que devemos ou podemos
falar dos outros.
“Os erros dos outros não justificam os nossos.”
Quatro coisas são fundamentais para que nos tornemos mais sábios: saber, ouvir, ousar e calar. Calar é a última, por ser a mais difícil.
Calar é realmente difícil, mas não impossível!
Tente! Você conseguirá manter a língua
no lugar que lhe é devido:
dentro da boca!
O hemisfério esquerdo do cérebro é responsável pela palavra: falar, ouvir, etc. O direito pela percepção, musicalidade. Caso, em uma experiência, o cérebro direito sela anulado, a pessoa fala como um robô - sem musicalidade. Não transmitindo, assim, os sentimentos. O que demonstra que se você falar muito, ativa o lado esquerdo do cérebro, deixando o direito pouco ativo - com pouca percepção.
Portanto, se você quer perceber mais coisas,
fale menos e sinta mais!
“A palavra é de prata e o silêncio é de ouro.”
(livro "Provérbios - Sabedoria do Povo)